A leitura deve fazer parte do cotidiano escolar e para isso uma parte do dia deve ser consagrada a leitura, independente do ano escolar no qual o aluno se encontra. A leitura é parte integrante do aprendizado e deve ser trabalhada de duas formas:
Ler por prazer
Com uma leitura diária, o aluno poderá experimentar o prazer da leitura, desenvolvendo interesse por leituras de diversos tipos.
Ler para aprender:
A competência leitora faz parte do cotidiano da escola e também da vida fora dela. A leitura e sua interpretação é a base da aprendizagem escolar: ela é necessária para resolver problemas, analisar situações, buscar informações, etc. Por isso a leitura não faz parte apenas de uma determinada disciplina, ela permeia todo o universo escolar e deve ser considerada como atividade cotidiana.
As atividades de leitura que fazemos em sala de aula estão voltadas ao desenvolvimento da competência leitora. Então, se a competência leitora é utilisada em diferentes situações, é necessário que o professor apresente diferentes tipos de texto aos alunos, pois cada um tem uma finalidade diferente. Durante as etapas desse processo, colocarei atividades com diferentes tipos de texto, entre eles: canções, ditos populares, bulas de remédio, jornais, revistas, logotipos, etc.
Porém, quando falo do despertar do prazer de ler, refiro-me realmente ao ler por prazer, ler sem cobranças. Há muitas atividades e projetos que podem ser realizados ao longo do ano, mas a mais simples e extremamente eficaz é a leitura cotidiana de um texto qualquer, só pelo prazer de ler. Não é necessário (e não devemos) fazer perguntas após a leitura, pois isto cria uma tensão que anula uma boa parte do prazer. Tampouco o aluno é obrigado a prestar atenção a história, mas ele é obrigado a manter o respeito e silêncio necessários ao bom desenvolvimento da atividade. Cabe ao professor estimular os alunos através de diferentes maneiras de apresentar a leitura.
Nada impede que o professor faça perguntas durante a leitura, porém estas perguntas não devem ser feitas com a intenção de testar o aluno, mas sim de atrair sua atenção para a leitura. Perguntas de antecipação (como "o que acham que ele falou?", "o que vai acontecer agora?") também são ótimas para envolver a turma na história, lembrando sempre que não existem respostas certas ou erradas, o importante é a imaginação.
Outro ponto muito importante: as leituras devem ser diversificadas e podem ser feitas com alunos de qualquer idade, mas elas devem ser adaptadas a idade da turma. Não adianta tentar ler uma aventura de 30 páginas para crianças de 7 anos, da mesma forma que tentar ler (ou oferecer como opção de leitura) uma história infantil para alunos do oitavo ano não conseguirá atrair a atenção da turma.
Nas próximas postagens darei mais dicas e mostrarei atividades práticas de como trabalhar a leitura em sala de aula.
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